terça-feira, 8 de março de 2011

tinindo no peito

nunca vou estar no mesmo lugar
porque talvez eu esperasse que você voltasse
mas você sabe que não sou fácil de acreditar
mesmo que me fizesse acreditar sozinho, não sou forte pra suportar
ainda que você me cuidasse no seu ninho
você sabe, não consigo me acomodar
dificil é não saber pra que lado olhar quando não se está sozinho
porque os olhares doem como a lágrima que ninguem vai chorar
como se egoísta fosse pensar sozinho
como se mal fosse agir sem pensar
ainda há um ninho, há as flores, mas acabou-se o tempo para as dar
e por que ainda compro? por que ainda canto?
por que ainda penso em me dar?
doce fosse como árduo esquecimento
lento como o prazer do não cingir a testa para espreitar que não tem ninguem vindo
a festa pra fazer a surpresa no sorriso de quem estava vindo
não tem jeito, também não tem mais peito para me deitar
não tem luz, também não tem manhã para caminhar
divertir, com o calor de gostar de alguem que entendeu sua tristeza
alarmou com charme sua alegria
mas fingiu ser amado como uma vadia
brincou de casa quando nem podia
me fez ir ao carnaval quando nem era minha fantasia
fez de mim feliz quando se fazia
foi sacana, mas era lindo quando não doce
que enchia minha boca de poesia pra se dizer sozinho
enquanto se fazia
era vento que se esvaia suave mas chegava forte
que fim! porque ele se fazia enquanto me desfazia.

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