domingo, 5 de fevereiro de 2012

As faces

Posso pinçar da tua face uma emoção sã
e ela não se comparará a vivacidade que minha face pode transfigurar 
Pois, na minha face podes sentir o vento advindo da janela do meu abismo, uma saraivada de emoções
as quais não seguem nem a solidão de uma moral bastarda, nem a face pálida do bastardo

Vejo-te pintando tua face para que não a vejam desnutrida
ela não tem marcas, mas a lástima alheia é também a mácula inimiga
que inunda a vertente rósea do ser

Fingir derrubar sem querer, o frasco de perfume na minha tez 
não fará sanar a mácula vilíssima  que os outros em mim projetaram
sequer fará exalar o a minha essência

Porém, prepara-te. vejo na tua face as contrações do parto
então arremate o prazer enquanto te toco, arrebate os destroços da minha face
neste instante em que apalpo teu ventre, espero que concebas a realidade
ou, ao menos, uma de suas faces, ou mesmo, a melhor delas. 



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