sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Janela

Não, definitivamente não vou deixar teus pés tocar esse chão. De nada serve aquilo que não mune teu corpo para o salto. Por isso, digo: vem, pula sem deixar ao chão o palpite dado por teus pés. Pule dessa ponte do mundo para os braços desse imundo, desse humano que não assimila o mundo. sorria para fechar os olhos, sorria pra não notar no chão a fraqueza de muitos braços, a falta de destreza para segurar o alvor com os braços. Sorria para se abrir para janela, pois quando esta estiver fechada, a luz não estará por perto. então, espere-me até que eu vá ao quarto, e pegue aquele cetim velho, para que teu impulso não toque esse reles chão.  Deixai no meu lençol a marca dos teus pés. Sorrir não é questão de tempo, abrir a janela é.

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