domingo, 4 de dezembro de 2011

O afastamento do afago

Acorda menina, é sabido que aquilo que sentimos é diferente do que sabemos. O afastamento necessário, o afastamento suposto, o afastamento em decorrência das circunstâncias. Ninguém nunca está pronto para perda, rejeição, afastamento, mas tem horas que não precisamos estar prontos, talvez não devamos estar prontos para essas coisas que nos esfolam os olhos, Deus nos fez assim, e nessa horas, devemos apenas fechar os olhos e ouvir a razão que bate continência na rua vazia que perpassa nosso ilustre coração. Se possível talvez dêvessemos até pôr as mãos nos olhos, para que nossos olhos tornem-se impassiveís a realidade que querem ver. Claro que nada irá falar mais forte do que os trovões que apenas sentimos estrondar dentro de nós, nada irá ser mais visível do que os relâmpagos que de tão sublimes nos cegam a visão. Entretanto, há um soneto guardado dentro de nós, um soneto da razão, que nosso ego o guarda quando o brilho dos nossos preciosos olhos se mostram ostensivos, se fazendo então imprecisos para o que as noites exigem de nós. cuidado menina, abri-os bem na hora devida, porém como uma exímia ilusionista feche-os na hora indevida. tudo fica no seu devido lugar quando subjugado sob a voz da necessidade, se não fica é porque falta-nos a preciosa luz da vazão.

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