segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Embaraço

Primeiro amaciei todo teu cabelo... E então todo o meu estava embaraçado, por circunstâncias fortuitas não pude desembaraçar meu plexo de sentimentos, o que me remeteu a um desadouro dezarrazoado. Não sei dar nome a esse tipo de acaso, mas por não ter quem, procurei um espelho e por não tê-lo em casa, procurei a rua para saber quantas pessoas andam por aí com o cabelo fustigado. Porém, ao sair de casa um pouco tarde da noite, notei um homem sentado embaixo da luz, rapidamente percebi que ele estava de chapéu e pouco se importava de estar sentado na calçada. Resignei-me por pouco tempo, logo me atrevi a questioná-lo sobre o porquê de não se importar em transparecer um rechaçado. Então, ele levantou a cabeça e retrucou-me se eu não tinha alguma boa razão para estar com alguém que não se importar-se em conversar no escuro do quarto, alguém cuja a luz não estivesse sobre sua cabeça e os olhos pouco falassem, por fim ele indagou-me uma segunda pergunta: você acha que eu deveria estar preucupado em apenas transparecer algo que demonstra apenas minha condição de farrapo, isto é, enquanto há você que não consegue ver dentro de si próprio a luz do necessário?! Voltei para casa, e tentei pentear teu cabelo para que então minha luz se apaziguasse, porém após terminar minha obra de arte, sentei-me à pouca luz do fim da tarde, enfim adornei-a toda, mas no clamor da vanglória já era tarde, minhas mãos estavam completamente rasgadas e pouca luz restava do fim da tarde. Apenas chorei, deitei e dormi. Não encontrei nenhuma resposta sensata...

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