segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um Tronco Senil

Vê aquele assento ali no parque
amanhã estarei ali, sentado, cansado de desviar olhares.
pode ser que esteja admirando as folhas caírem ou mesmo vendo-as crescerem
é, quem sabe.Talvez terei esse tempo.
Esse que em todas as palavras é nítido, não sei dizer se ele me contorce ou me distorce.
Ao menos sei que terei menos interrogações em minhas poesias
a minha fronte já terá sido arrefecida.
A planície para qual todo homem caminha é um peito senil ou uma fronte rija.
Nota que estarei sentado, vendo e não mais sendo visto!
É que talvez todo esse pandemônio pertinente a senilidade seja natural a nossa condição
mas quem sou eu pra falar em condição se ajo como um mero condicionador da alma?
É, serei um velho sentado num banco olhando um tronco donde acreditei brotar sonhos.


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