segunda-feira, 27 de junho de 2011

O livro de pele

Meus olhos apertam o sono ingênuo
Nessas ruas tristes que não cabem meus sonhos sou a morte.
Medo não definiria tão bem quanto o ‘pavor’ de ser amado enquanto se é lido
Sinto-me quase que como um livro de sua lancheira

Grifado com toda sua atenção
Guardado de acordo com seu bel prazer
E embora ainda não tenha acontecido, serei rasgado pelo seu descuido.

Ainda sim, mesmo com todo seu zelo em não mudar uma palavra
O destino certo é a palidez de minhas páginas
Prontas para serem escritas pela mão trêmula da nossa algazarra

Versos mais belos que em outra pele não haverão de ser escritos
 Tempo e atenção em toda pele que cobrir minh’alma
Silêncio é a palavra certa para o fim do livro
É donde começa a balburdia de nossa paixão.

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