segunda-feira, 27 de junho de 2011

O livro de pele

Meus olhos apertam o sono ingênuo
Nessas ruas tristes que não cabem meus sonhos sou a morte.
Medo não definiria tão bem quanto o ‘pavor’ de ser amado enquanto se é lido
Sinto-me quase que como um livro de sua lancheira

Grifado com toda sua atenção
Guardado de acordo com seu bel prazer
E embora ainda não tenha acontecido, serei rasgado pelo seu descuido.

Ainda sim, mesmo com todo seu zelo em não mudar uma palavra
O destino certo é a palidez de minhas páginas
Prontas para serem escritas pela mão trêmula da nossa algazarra

Versos mais belos que em outra pele não haverão de ser escritos
 Tempo e atenção em toda pele que cobrir minh’alma
Silêncio é a palavra certa para o fim do livro
É donde começa a balburdia de nossa paixão.

terça-feira, 21 de junho de 2011

a dança dos sinistros


Hoje é dia de sangria
Sangue de fazer brilhar alegria
Sangue pra se lavar na tempestade enquanto a ‘dança’...
É de uma simples sinfonia
 Diluída no silêncio do tolo
Retinida no coração do moço que não sabe quem é
Ou o que fazer...
Pra saber quantos litros de sorriso tornam o clima ameno
Pleno, perfeito pra se ter um sonho
Desses que não tenho desde que deixei minha criança
No colo do destino das lembranças
Para que pudesse dançar sem esperança
E apenas crer que o amor não é tão belo quanto nosso sorriso
Ele basta não ser trágico e guardar abrigo
Para quando a chuva leve começar a engrossar... os nossos... sinistros.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Meu amor é o tempo. Os outros são apenas paixões, palavras e outros achados críveis.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O lago dos sádicos

Os olhos beiram o lago da mesmice
teimam em sanar o amor dos sádicos
de nada adianta, brilhar e prender-se as bragas
tolas almas, presas fáceis

Os sádicos do lago cantam no colmo
faróis acesos para  ilustrar a distância
aos montes chegam os súditos
presas fáceis, amantes do sadismo

Hedonismo, nada mais além do éden...
um olho de luz que debruce uma corrente florida
que encurte e cure enquanto trapaceia  as vidas
uma braga florida para ludibriar os ávidos por amor. uma braga, uma esperança, um Hades.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

você e seu amor

"Se você tiver que escolher entre você e o seu amor, você escolhe quem?"


os dois, pois ambos fazem parte da completude humana, contudo, primeiro o amor porque ele não há de perecer enquanto sentimento. é ele tb a forma mais humana de necessidade de transcedência. algo que rompe com a matéria e ao mesmo tempo não precisa de sentido. é apenas uma idealização perfeita, uma ' escultura' que vou reformar para que fique ao lado da minha cama, sempre à disposição do meu desfrutar egoísta. tal escultura, ganha vida quando recria-se ajoelhada ante meus desejos, pois é nossa projeção imaterial de perfeição, aquilo que nunca seremos sós. de qualquer maneira, o amor vai ser o berço da sua arte, onde você se decompõe equanto se recria: vai ser apenas o amor, uma pintura moderna, na qual não entendemos o que é, nem a idéia de ser, faz-se imperioso apenas a admiração da nova e incompreensível obra de arte que nos fascina porque nos submete.