segunda-feira, 30 de maio de 2011

sangue do destino

Esse corpo solto parece baile de ilusão
os vértices pontilhando o sangue parecem abismos para a fonte
 e se esse corpo é pecado, estes olhos são tristezas certas
abraço: dívida de promessa aberta
só que deixa em questão minha dor
dúvida decrépita da solidão

deixa,  que beijar os pés dessa revolta vai abrir os mares da canção
da alegria na hora certa de cair no chão
e começar a gritar com o céu
que não quer abrir pra no cedo desaguar os diamantes
da minha criatura;
 da natureza

minha flor-de-vida
não se queixe do sol
deita nele, se sentar vai moer o grão de ilusão
vai moer as perguntas desse amor divino
e deixar de crer é o primeiro passo pra ficar a beira da sorte
porque sou nascido do ventre do destino
meu ego é uma crina de cavalo incerto
deslizando na verdade do sertão dos invernos de espinhos

esse sangue do meu amor é suor da carne...
os tristes procuram a dor, enquanto eu procuro o sangue do destino.

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