sexta-feira, 15 de abril de 2011

Subalterno

Listre as poses do seu ego
assim decerto terás um perfume
arraste para abaixo do inferno um desejo impune

Essa vontade quer esculpir teu seio
delegar medo ao pálido para que morra branco, sem cor.
Deturparemos a reverência estética dos tolos

Destrone o rei, dê o cargo ao súdito
ele se fará em ouro, tocará aquilo que o fizeram sentir
dar-te como prazer a um pobre, use-o como lençol
permita vingar em ti o perfume.

 Rasgue-me os veios d'água
escuta escorrer a continência do que consiste na inconstância
escamas brilhantes destes dias pertinentes
deixem-me sair!

Não quero aparentar
permitam-me usufruir desta fraqueza que me banha
refuta-me as noites de distância do teu seio
livre-me dessa falta que retine minha masturbação intelectual

Quero só perfumar teu seio
implorar-te aos pés do teu trono:
deixa-me ser teu subalterno.

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