sábado, 16 de abril de 2011

a cura das palavras

Agonia,
preciso adimirar a poesia
do tempo, que tenho que catar no vento as vozes de que tento me nutrir
vejo soberbo os lábios profetizarem o sangue
meus olhos, pobres deles que não podem cantar
nem muito menos nutrir
provar da palavra: a difusão incessante
jamais verão, jamais poderão viver de mim uma palavra
dessa minha introspecção, dessa minha calada falta de tudo
dentro do mesmo tronco a vela acende
e o fogo começa a tocar
queimando-me ao som de valsa
nesse passar desses passos começo a me entreter
inoculando a cura do meu desperço sentimento:
 as palavras no papel
virgulas, cadafalsos e alegria.

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