quinta-feira, 31 de março de 2011

a negação do amor

Disponha da parte de mim que mais lhe toca
contanto que me faça menos triste
pode entender-me como um ócio prazeroso
aquele que vai estar te sentindo quando você estiver dissuadido
 toma em mim e retoma em nós o gozo da alegria agoniante
 deixa esse mar chato ficar sozinho, faça ele morrer!
antes que entardeça, antes que o efeito passe;
poucas pessoas conseguem acompanhar meu rebuliço interno

e para mim não importa o que você sente, porque no final eu vou dizer se você perdeu sem me importar com suas lágrimas, que são apenas uma projeção de mim
pois se for consumado, faltará em ti a satisfação do meu prazer
minha fome que fazia você se sentir desejado, comido;
amor é uma falta de percepção
de mim só terás sorrisos
contanto que não me faça sentir o tempo
não me faça entender
e imperiosamente, provar-me que ser feliz é então relevar os momentos tristes.

terça-feira, 29 de março de 2011

Diz-se amigo aquele que dizem ser amigo

se o mar às vezes muda, sempre haverá um lunático pra dizer que não, um pescador pra afirmar que sim e um sábio(a) para explicar o porquê, além de também dizer um modo mais razoável de se navegar nesse mar mesmo que ele seja apenas um fastio derivado e à deriva de um completo imaginário, estagnado na terra e suspenso por tantas tempestades, que ao ver o sol não acredita mais na luz, passando a queimar-se por não ter mais coragem para dar um passo além de si. Esse sábio é a coragem que empurra o fraco passo a passo, até ele poder dar suas passadas autonomamente, mas não sozinho. Diz-se sábio, então diz-se amigo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

cabritênha

aos olhos de alguém que vê e não sente. você é só uma imagem, podemos dizer que até retorcida. porém aos olhos de quem você entusiasmou e depois partiu, você também será apenas uma imagem, mesmo que julgada como uma figura alegre. Infelizmente a maioria dos olhos que te cercam não querem ser cercados pela força alegre que me faz chorar, porque agora sou fraco, e só posso ti ver como uma imagem e não ti abraçar com todo seu entusiasmo. minhas lembraças são inexpressíveis, não adianta me alongar mais, afinal você mesmo calada diz tudo.

sábado, 19 de março de 2011

requesting you

send a request to my chest
ask to the mailman to hit my heart up
so, my afraids are vanished
so, my mouth was opening sadly
but now, we got that we already known, we always kidding
therefore everything you believe is all that i need
to breathe and walk instead of got a reliefs
everyday i wake i feel your smell came on the air
and it isn't the flowers, it isn't a dream cause ain't alone as my thoughts
i merely want screaming on your chest i'm not wondering more
i'm in a sweet dream.

sábado, 12 de março de 2011

ainda falta pouco

foi por pouco, quase vi passar o tempo
mas quando quase ainda era tempo
daí fiz um íntento para disfaçar o susto
aí foi por pouco, quase me perdi numa página em branco
que infelizmente já estava escrita com palavras alheias
foi então que vi, letras borrando sonhos
 lugares tão tristonhos que nunca desejei
faltou tão pouco que quase me viciei
desdenhei e me dei por vencido
ouvi um sopro ardido do mundo
e então deixei-me cair num chão macio
para sentir o corpo ainda quente
o sorriso ainda mucho
as palavras ainda nos dentes
trincaram-se o chão, os dentes e os sonhos
abriu-se o inferno colorido da vida roxa
com os dois pés mais cansados do que a boca
que tanto fala de coisas que não se pode ter
vou vestir-me das minhas lembranças
cair da cama como se tivesse esperança
para um dia pensar em viver.

terça-feira, 8 de março de 2011

tinindo no peito

nunca vou estar no mesmo lugar
porque talvez eu esperasse que você voltasse
mas você sabe que não sou fácil de acreditar
mesmo que me fizesse acreditar sozinho, não sou forte pra suportar
ainda que você me cuidasse no seu ninho
você sabe, não consigo me acomodar
dificil é não saber pra que lado olhar quando não se está sozinho
porque os olhares doem como a lágrima que ninguem vai chorar
como se egoísta fosse pensar sozinho
como se mal fosse agir sem pensar
ainda há um ninho, há as flores, mas acabou-se o tempo para as dar
e por que ainda compro? por que ainda canto?
por que ainda penso em me dar?
doce fosse como árduo esquecimento
lento como o prazer do não cingir a testa para espreitar que não tem ninguem vindo
a festa pra fazer a surpresa no sorriso de quem estava vindo
não tem jeito, também não tem mais peito para me deitar
não tem luz, também não tem manhã para caminhar
divertir, com o calor de gostar de alguem que entendeu sua tristeza
alarmou com charme sua alegria
mas fingiu ser amado como uma vadia
brincou de casa quando nem podia
me fez ir ao carnaval quando nem era minha fantasia
fez de mim feliz quando se fazia
foi sacana, mas era lindo quando não doce
que enchia minha boca de poesia pra se dizer sozinho
enquanto se fazia
era vento que se esvaia suave mas chegava forte
que fim! porque ele se fazia enquanto me desfazia.