a rentabilidade das minhas atitudes
custam-me a luz dos meus olhos,
a pouca coragem dos meus sonhos,
a cor que em mim é rara
quando a tive, fui rapidamente retalhado
fatigado ao intento da dor complexa
furtam-me até os lapsos de alegria,
de alergia ao inexato
dão-me por entrelaçado na escuridão
nem se quer aludem meu desprendimento fortuito
não desfrutam do amor no seu molde singelo
são podres por dentro e por fora.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
bobo
Escrevo nas entrelinhas, mas não consigo saber como lê-las
posso te dizer que espero, mas não até quando ou de que lado
te pergunto de que riu? de que rio?
me pergunto a que nascente você nos transviaria;
vejo do pátio, brinco com o laço que te agrilhiona
a demora não tem graça, me desvia esperar a mão largar do teu receio
temo, temo não perder o teu tempo no meu vão
como uma lembrança a ser gasta nas palavras mudas do anseio
ateio fogo com a coragem de arder
medo bobo da vontade de prazer
você.
posso te dizer que espero, mas não até quando ou de que lado
te pergunto de que riu? de que rio?
me pergunto a que nascente você nos transviaria;
vejo do pátio, brinco com o laço que te agrilhiona
a demora não tem graça, me desvia esperar a mão largar do teu receio
temo, temo não perder o teu tempo no meu vão
como uma lembrança a ser gasta nas palavras mudas do anseio
ateio fogo com a coragem de arder
medo bobo da vontade de prazer
você.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
contravenção
No patíbulo meu deus
condenado pelas minhas fraquezas
dado o nó fez-se a epópeia
vítima rara de incompatibilidade social
prostrado e atenazado sua alma na sua alma
destarte pulula a serenidade do ser
cópula da disfunção humana e da dinvindade atroz
poeira da vertente lúcida
homem de pouca fé
amor e morte
condenado pelas minhas fraquezas
dado o nó fez-se a epópeia
vítima rara de incompatibilidade social
prostrado e atenazado sua alma na sua alma
destarte pulula a serenidade do ser
cópula da disfunção humana e da dinvindade atroz
poeira da vertente lúcida
homem de pouca fé
amor e morte
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