domingo, 16 de janeiro de 2011

Travessa

belo talvez só fosse um nome pra se dar aos filhos das amantes
que pouco se cansam na travessa da alegria
elas cativam essa voz como açucar que vai melar a boca do copo
que vai beijar a boca da noite, que vai brindar o encontro do cedo
na harmonia do medo, na maestria do amor
que nada tem a ver com esse conto de amantes
apenas luta com a pena do poeta, alfineta no chápeu do petulante
em nada tem o viver lá na travessa dos moços da alforria
que as estrelas foram soltas no céu, da agonia vem os gestos pulando da roupas
dos meninos que primam pela tristeza no peito
da amada que guia os pratos e os novos meninos na travessa das belas.

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