terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Rabisco da alegria

não me impeça de fingir que quero
porque ao seu lado sou suave
sou a dúvida da sua mão que nunca está à seu alcançe
desprendei da dor, ela só é útil na guerra
não no amor, não na inconstância
saltar do armário não vai matar a flor
está alastrando a primaveira
tem coisas que não foram feitas para se entender
isso não leva dor, não leva dúvida
não leva tinta, nem dá pra se colorir
deixe as estrelas com seu astral
 parte de ti já se desprendeu, não deixe que se parta
não deixe que se prenda, deixa correr amarrada no vento
beira flor, a sépala beija o cálice mas não quer se mostrar
você que nem beija nem beira
mas está nos pés sem se tocar.

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