sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

à luz na nua

essa carinha de à luz sobre a lua
pode não lembra de que lado vem o dia
pode disfaçar pra se abrir fazendo à luz da manha
acorda já nua rodando pela casa como à luz entrando na varanda

esse cheiro é o degustar da lembrança
doce que me força a sorrir
que não me deixa abrir mesmo quando tento chorar

em dois olhos não cabe uma fantasia
num corpo que o sol não bateu de dia
as sombras não podem se formar

sem porque tuas mãos nos meus olhos
se já sou cego só de tentar abrir
os lábios pra serem as nunvens úmidas e tardias.

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