terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sérpia


Escadas para subir em baixo do pensamento
 No infortúnio da razão, onde está o amor?
Nas coisas simples que deixaram de existir
No mero esmero de toda frustração
Por que sóis loucos?
Por quantos sóis rouco uivando uma traição
Por terra a deixa da paixão, pegadas no peito, coceira no córtex das emoções
Por que não vejo espelhos?
Lúcifer e Zeus pactuaram meu medo
Cansados do prazer, inventaram a ilusão
O reflexo do sertão como um anjo andrógeno
Que brinca entre cactáceas e arbóreas
Sentimento bissexuado
Que todos cantam com a alma
É mentira
A estatua grega é vazia como o planeta que pintaram em forma de mulher.

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